Acabei de terminar “Êxtase Mortal”, quarto livro da série Mortal, da Nora Roberts sob o pseudônimo de J.D. Robb, e confesso que ele quase, mas quase foi para minha lista de “Abandonados”, no Skoob. Nada contra a série ou a Norinha, amo ambos. Mas, este livro não conseguiu me prender como os três primeiros. Comecei a lê-lo há um tempão, dei um super hiato na leitura e retomei agora determinada a finalizar.

Não sei se consigo especificar um motivo, mas muito provavelmente por achar repetitiva a história (uma série de mortes enquanto a Eve dá o sangue para encontrar o assassino). No entanto, em alguns aspectos a Norinha me surpreendeu, afinal estamos falando de uma das autoras mais queridas ever.

Êxtase Mortal começa já na lua de mel, após o casamento da tenente Eve Dallas e o magnífico Roarke, eles estão curtindo os últimos momentos a dois em um dos resorts que será inaugurado por Roarke fora do planeta. Isso mesmo. Para quem ainda não está familiarizado com a série Mortal, ela é uma saga romance policial futurista que tem início nos anos 2056. Bem, ainda no espaço, um jovem funcionário do resort aparece morto com aparência de suicídio e essas são as características das mortes apresentadas para a tenente Dallas desvendar nesse volume. 

Após Eve e Roarke voltarem à Nova York e começarem sua rotina de casados, a tenente Dallas passa a investigar mortes recentes que foram classificadas como suicídio, mas que seu faro de policial a leva à investigação como assassinatos. Em Êxtase Mortal, a história envolve jogos virtuais, programas de computadores e a possibilidade dessas tecnologias estarem induzindo pessoas a dar fim em suas vidas e de modo assustador com um sorriso e uma expressão de felicidade nos rostos. 

“Eve preferiu não mencionar o diamante tão grande quanto o punho de um bebê que trazia apertado entre os seios, por baixo da blusa. Em vez disso, respondeu: Minhas calcinhas são de ouro maciço. Incomodam um pouco para sentar, mas me fazem com que eu me sinta segura.” 

Gostei de ver mais sobre a Eve policial full time e do fortalecimento da parceria entre ela e Peabody. Acho bacana o jeito que a Peabody admira e se esforça para ser uma policial tão boa quanto a Eve. O livro mostra mais sobre o amadurecimento do casal Eve e Roarke, mas senti falta de mais cenas com o magnata bonitão. Ele é um personagem tão forte e que tem muito a ser explorado ainda. Espero mais Roarke nos próximos livros. Ponderei e acredito que vá dar chance à sequência da série “Cerimônia Mortal”, mas não com tanta pressa. 

"- Ah, Roarke, eu amo você! - Ele ficou rígido enquanto a emoção de ouvir aquilo atingiu-lhe o coração como um soco. Abalado, ele se virou para trás e segurou-a pelos dois braços. - Que foi? - o riso sumiu do rosto de Eve. Ele parecia atordoado e seu olhar ficou escuro e ardente. - O que houve? - Você nunca fala isso! Sentindo-se inundado por dentro, ele a puxou para junto dele e enterrou o rosto entre seus cabelos. - Você nunca fala isso! - repetiu... - Sinto muito, Roarke. É difícil para mim. Eu realmente amo você - disse baixinho. - Às vezes fico apavorada porque você foi o primeiro homem que eu amei. E o único... - Você mudou a minha vida. Transformou-se na minha própria vida.”

Concluo dizendo que as cenas finais de Êxtase Mortal são de tirar o fôlego. Uma sequência digna da série. 

Sinopse:
No ano de 2056, a forma mais popular de entretenimento são os poderosos jogos de realidade virtual. Através deles, qualquer pessoa é capaz de ingressar facilmente em um mundo fantástico repleto de prazeres e perigos. A vantagem é que não há riscos; é tudo uma grande brincadeira, uma mera simulação. Ou, pelo menos, era isso o que todos pensavam até um brilhante engenheiro aparecer morto.
Em 'Êxtase Mortal', o quarto livro da famosa série de romances policiais futuristas que Nora Roberts escreve sob o pseudônimo de J.D. Robb, Eve Dallas - detetive do Departamento de Homicídios da Cidade de Nova York - descobre que essa morte é apenas uma das peças de um caso muito mais intrincado do que aparenta.

Autora: J.D. Robb (Nora Roberts)
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2005 | Páginas: 378
Série: Mortal – livro 4